Wednesday, March 17, 2004
Anéis
Admito a minha rendição á trilogia do senhor dos anéis (filme). O filme é realmente fantástico e mostra-nos de uma forma surpreendente um mundo paralelo. No entanto não cedo á consagração do escritor Tolkien. Não li nenhum livro, nem me parece que vá ler. O estilo de fábula em que se inventam personagens conforme a vontade, em que a realidade é moldada conforme o jeito que dá a quem escreve, a adaptação do folk (e não só) como se de uma coisa muito inovadora se tratasse não me convencem. Além do mais a própria ideia de anéis misturada com anões que têm grandes riquezas subterrâneas cheira-me a Nibelungo e a Siegfred. Os verdadeiros mestres partem da realidade difícil que é a nossa e tentam moldá-la, sem trair o seu intelecto, sem trair a sua criatividade, e sem moldar as coisas a seu bel prazer. Os génios tornam-se reféns da sua narrativa. Do pouco que conheço, poucos conseguem escrever de forma exemplar. Muito poucos conseguem ser ímpares (Kafka,Dostoiévski), mas autores como o tolkien há ás centenas. Até aqueles livros que que eram ao mesmo tempo um jogo, nos conseguiam transportar facilmente para mundos paralelos, assim como a carochinha, a gata borralheira...
Admito a minha rendição á trilogia do senhor dos anéis (filme). O filme é realmente fantástico e mostra-nos de uma forma surpreendente um mundo paralelo. No entanto não cedo á consagração do escritor Tolkien. Não li nenhum livro, nem me parece que vá ler. O estilo de fábula em que se inventam personagens conforme a vontade, em que a realidade é moldada conforme o jeito que dá a quem escreve, a adaptação do folk (e não só) como se de uma coisa muito inovadora se tratasse não me convencem. Além do mais a própria ideia de anéis misturada com anões que têm grandes riquezas subterrâneas cheira-me a Nibelungo e a Siegfred. Os verdadeiros mestres partem da realidade difícil que é a nossa e tentam moldá-la, sem trair o seu intelecto, sem trair a sua criatividade, e sem moldar as coisas a seu bel prazer. Os génios tornam-se reféns da sua narrativa. Do pouco que conheço, poucos conseguem escrever de forma exemplar. Muito poucos conseguem ser ímpares (Kafka,Dostoiévski), mas autores como o tolkien há ás centenas. Até aqueles livros que que eram ao mesmo tempo um jogo, nos conseguiam transportar facilmente para mundos paralelos, assim como a carochinha, a gata borralheira...